sexta-feira, 23 de abril de 2010

Evento “Música e Consciência”: nós apoiamos!

A ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais) - www.anda.jor. br – realizará um show para sensibilizar as pessoas em relação aos direitos animais e à preservação do planeta, no próximo dia 29 de abril, no SESC Pompéia (choperia), às 21h.
Grandes nomes da música brasileira, como: Fernanda Porto, Nuno Mindelis, Palavra Cantada, Patrícia Marx, Renato Teixeira, Teatro Mágico já estão confirmados. A atriz Gabriela Duarte também estará presente para chamar a atenção sobre a necessidade de mudarmos nossas atitudes.

O concerto “ANDA – Música e Consciência – Pelos animais, pelo Planeta” pretende disseminar por meio da música e dos artistas a importância de vivermos em harmonia, respeitando a vida.

Durante o evento, o artista plástico ambiental Alexandre Huber, pintará um grande painel retratando animais marinhos (a vida nos oceanos).

Será o primeiro show no Brasil com a proposta de levar uma mensagem de convivência pacífica e ética com todos os seres. Os artistas dão um exemplo de consciência ao se reunirem para cantar e se apresentar sem cachê. Todo o evento está sendo construído com colaborações voluntárias.

As emissões de gases estufa provocadas pela realização do show "ANDA – Música e Consciência" serão neutralizadas com o plantio de árvores no Parque Ecológico do Tietê. A iniciativa é uma parceria da ANDA com o Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza.

Mais sobre a ANDA (Informar para Transformar)
A ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais – foi fundada em 28 de novembro de 2008 pela jornalista Silvana Andrade e tem como seus principais objetivos difundir informações e valores que gerem consciência para defesa e garantia dos direitos animais, incentivar à reflexão sobre a necessidade de mudar a maneira como os animais são considerados na sociedade, gerar a percepção de que podemos construir um mundo de paz para todos os seres e criar ações que estimulem a convivência harmônica entre pessoas e animais.

A equipe é formada por jornalistas, filósofos, biólogos, nutricionistas, advogados, promotores públicos, professores, escritores, publicitários, entre outros profissionais que atuam voluntariamente na ONG. Atualmente são 36 colunistas, além das colunas, o site conta com mais de 300 artigos postados e entrevistas exclusivas. Cerca de 50% das notícias publicadas são produzidas pela redação da ANDA, o restante são clipadas de outros veículos. Com tão pouco tempo de existência, a ANDA já conta com cerca de 200 mil acessos únicos por mês e internautas em 65 países.

Serviço:
Anda – Música e Consciência Pelos Animais, pelo Planeta
Data: 29/04/2010
Horário: 21h
Censura livre
Local: Sesc Pompéia - Choperia - São Paulo / SP

Valdeli e Ana Angélica

terça-feira, 20 de abril de 2010

Algumas considerações sobre a pedofilia

O escândalo envolvendo a Igreja Católica em casos de pedofilia, e as recentes notícias sobre a ocorrência de novos casos a cada dia tem levantado questões e gerado algumas distorções conceituais sobre essa grave psicopatologia, o que nos levou a fazer algumas considerações.
Sem dúvida alguma o assunto é complexo e não temos a pretenção de esgotá-lo nem tampouco de discorrer tecnicamente sobre o mesmo, na medida em que este blog não se destina somente a profissionais da saúde mental, mas pretendemos fazer alguns assinalamentos que nos parecem importantes.
A pedofilia, por definição, é uma perversão sexual onde a atração e o desejo sexual de um adulto está dirigido para crianças pré-púberes. Embora a maioria dos casos relatados envolva agressores do sexo masculino, o comportamento pedófilo não é característico do sexo masculino. Na verdade, especula-se que o comportamento pedófilo em mulheres ocorre de forma mais velada, através de uma erotização do contato físico e que de alguma forma não é prontamente identificado porque o ato de cuidar, acariciar e de tocar uma criança é socialmente interpretado, em um primeiro momento, como um ato comum relacionado à maternagem. Não existe nenhuma correlação entre a pedofilia e o homossexualismo, como algumas pessoas insistem em fazer, esta é uma afirmação inconsistente e preconceituosa, na medida em que a pedofilia pode ser encontrada em homossexuais e heterossexuais.
Sua etiologia não foi plenamente estabelecida até o momento. Por algum tempo, alguns estudos levantaram a hipótese de que as pessoas que praticavam pedofilia em algum momento de suas vidas pregressas foram vítimas de abuso ou violência sexual, porém não houve até o presente momento uma comprovação científica desta relação. Alguns estudos tem sido desenvolvidos no sentido de encontrar bases biológicas para tal comportamento, mas ainda não temos resultados consistentes e satisfatórios.
Embora os sintomas sejam claros, a pedofilia muitas vezes se apresenta em um quadro misto, sendo difícil em alguns casos determinar se ela é um quadro primário ou secundário a outras formas de perversão. Muitas vezes pedófilos também apresentam quadros de sadismo ou voyeurismo, por exemplo.
Existem poucos estudos na área da saúde mental que abordem essa questão, porque tais pacientes raramente chegam aos consultórios ou serviços de saúde buscando tratamento para esta patologia. Os pedófilos geralmente só são identificados quando seus atos são criminalmente denunciados. Isso ocorre porque tais pessoas na maioria das vezes conseguem ter uma vida com adequação e adaptação nos demais setores (familiar, social, ocupacional) ficando a perversão configurada no estrito campo da vida sexual. Não é incomum, por exemplo, que a denúncia do envolvimento de um membro da família em casos de pedofilia surpreenda aos demais, uma vez que essas pessoas conseguem ter uma funcionalidade em suas vidas.
A pedofilia é crime, é uma violência que se pratica contra a criança pré-púbere, ainda que com o seu consentimento, uma vez que é uma situação onde um adulto submete e subjuga um menor imaturo psiquicamente e sexualmente aos seus desejos.
Alguns estudos no campo da psicologia social tem apontado a erotização precoce das adolescentes através da mídia como um fator favorecedor ao surgimento dessas patologias. Sem dúvida que um meio ambiente permissivo, onde os limites são muito elásticos, somado à questões econômicas (turismo sexual, prostituição infantil em populações de baixa renda, por exemplo), políticas e culturais podem ser favorecedores à atuações psicopatológicas. Porém, não podemos esquecer que estamos falando de um transtorno grave, que não pode ser minimizado.
Muitas vezes as vítimas de pedofilia silenciam sobre o que vivem por medo, até porque o agressor muitas vezes é alguém pertencente à sua rede de relacionamentos. Nesse sentido, é de fundamental importância que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos à mudanças de comportamento nas crianças, uma vez que estes são os sinalizadores de situações de abuso e violência.
Valdeli e Ana Angélica